"Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por mais estranho que pareça, sou grato a esses professores." Khalil Gibran

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

OS 10 MANDAMENTOS DE TODOS OS PAIS


1- É urgente que os pais se deixem surpreender pela parentalidade. É precioso que se informem, claro, mas é indispensável que percam o medo dos seus erros (sem os quais nunca passarão da intenção de serem pais à parentalidade).

2- É urgente que os pais escutem as crianças mas que decidam por elas. É urgente que opinem mas que não vacilem quando se trata de as obrigar a ser autónomas. Pais presos na sua própria infância não são pais: são crianças à procura de colo. Não educam nem são educáveis. Replicam os erros e os enredos que os atormentaram toda a vida.

3- É urgente que os pais admirem os filhos - o seu engenho, o lado afoito que eles têm (que se renova, todos os dias) e a sua mais versátil manhosice - mas que não percam de vista que só a sabedoria dos pais os legitima para amar (e que a ela nunca se chega sem dúvidas, sem dilemas entre gestos de sentido contrário e sem contradições).

4- É urgente que os pais olhem nos olhos, sempre que falam com a voz e com as mãos, ao mesmo tempo. E que chorem, sempre que lhes apeteça, e que resinguem e se lamuriem, que façam uma ou outra birra e, sempre que querem mimo, que intimem (sem mais explicações) um filho a dá-lo.

5- É urgente que os pais deem colo todos os dias. E que falem todos os dias. E que abracem e beijem todos os dias. Que se sentem no chão, inventem uma historieta e contem graçolas todos os dias.

6- É urgente que os pais, quando não têm nada para falar, não perguntem como correu a escola. E que sempre que não gostam dum desenho não digam que ele é lindíssimo. E que - pelo seu nariz, que seja - quando sentem que uma criança está mais ou menos tristes, estão impedidos de fazer outra coisa que não seja apertá-la (caladinhos!) com muita força, 10 minutos.

7- É urgente que os pais sejam tão reivindicativos como pais como eram como filhos - e que, apesar disso, sejam eles a Lei - e que exijam que as crianças participem, todos os dias, nos trabalhos da casa (sem os quais as crianças vão de principezinhos a pequenos ditadores).

8- É urgente que os pais não estejam de acordo, entre si, em relação seja ao que for que represente mais um problema que um filho lhes coloque. Os conflitos dos pais são os melhores amigos de todas as crianças porque é com eles que os pais soltam a intuição e as convicções e deixem cair tudo aquilo que, parecendo compenetrado, não tem nem entusiasmo, nem alma, nem magia.

9- É urgente que os pais falem sobre os filhos: que desabafem sobre os seus medos e compartilhem as suas dúvidas mais ridículas. E que percam a vergonha de falar das habilidades das crianças e de como se sentiram no céu ao serem lambuzados com um beijo. E que deixem de trazer, como se fosse por esquecimento, todas as fotografias que bem entendam dos seus filhos, sobretudo aquelas que mais os embaracem ou que mais os comovam.

10- É urgente que os pais reconheçam que jamais deixam de ser filhos e de ser pais. E que se não tiverem tido, vários dias, em que resmunguem contra os filhos e se desapontem com eles é porque os estão a educar à margem da sensibilidade e da fantasia, do afeto e da sabedoria. E, se for assim, estão condenados a ler estes 10 mandamentos outra vez.

Eduardo Sá
 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Panda vai à Escola- Vem que eu vou-te ensinar

Ciências

EXPERIÊNCIAS PARA FAZER COM AS CRIANÇAS

Atividade : Experiência da vela acesa
Objetivo(s):
- Demonstrar a necessidade do oxigénio para a existência de combustão:
- Explicar à criança a necessidade de cada corpo ocupar um espaço;

Materiais:                                                                                      
ü  Velas;
ü  Taça de vidro com água;
ü  Campânula;
ü  Fósforos;

Procedimento:
·         Colocar uma vela acesa num prato com água;
·         Tapar a vela com um copo;
Resultado:
Ø  Ao fim de pouco tempo, a vela apaga-se e a água sobe no copo;
Ø  A experiência mostra a necessidade de oxigénio para manter uma vela acesa. A vela apagou-se porque o oxigénio, no interior do frasco, foi gasto devido à combustão.
Ø  A água subiu e foi ocupar o espaço do oxigénio dentro do copo, devido à pressão atmosférica exercida fora do copo ser superior à exercida dentro do copo.

Atividade : “O vulcão” efusivo
Objetivo(s):
·         Criar um modelo de vulcão em erupção e aprender conceitos sobre reações químicas.

Materiais:
Mesa;
ü  Tabuleiro para colocar o cone vulcânico;
ü  Cone vulcânico;
ü  2 Colheres de sobremesa de vinagre;
ü  2 Colheres de sobremesa de bicarbonato de sódio;
ü  3 Colheres de sopa de detergente líquido da louça;
ü  Algumas gotas de corante, para alimentos, vermelho;
ü  Colheres;
ü  Copo para mistura de ingredientes.

Procedimento:
1-Colocar o tabuleiro, com o cone vulcânico, em cima da mesa.
2-Colocar no cone do vulcão o bicarbonato de sódio.
3-No copo, juntar o vinagre com o corante e o detergente líquido da louça.
4-Juntar esta mistura ao bicarbonato de sódio que se encontra no cone vulcânico.
5-Observar a erupção e descreve-la.

Resultado:
Ø  Os alunos entenderem o que é uma erupção vulcânica.
Ø  A mistura do ácido do vinagre e do alcalino do bicarbonato de sódio produz bolhas de gás. Os milhares de bolhinhas que se formam são muito leves e, por isso, a mistura faz efervescência. A erupção das bolhas é semelhante à lava que irrompe de um vulcão.


Atividade:  “O ovo flutuante”
Objetivo(s):
·         Promover a realização de atividades experimentais pelos alunos;
·         Desenvolver a capacidade crítica, analítica e argumentativa das crianças relacionada com o que observam quando realizam a experiência;
·         Mostrar que o aumento da concentração de sal na água aumenta a sua densidade.

Materiais:
ü  Um frasco;
ü  Um vaso medidor;
ü  Água (1litro);
ü  Um ovo,
ü  Uma colher e sal.

Procedimento:
1.    Deitar cerca de 400 ml de água num frasco;
2.    Colocar o ovo dentro do frasco com cuidado: observar;
3.    Retirar o ovo;
4.    Colocar três colheres de sopa de sal no frasco e mexer;
5.    Voltar a colocar o ovo no frasco com cuidado: observar;
6.    Medir 400ml de água;
7.    Deitar a água para o frasco, muito devagar, utilizando a colher;
8.    Observar.


Resultado:
Ø  O ovo é mais denso que a água sem sal e por isso vai ao fundo. Mas como o sal faz com que a água fique mais densa, o ovo flutua em água com sal. Na última parte da experiência o ovo fica a meio do frasco, por cima da água com sal e por debaixo da água sem sal, uma vez que estas não se misturam.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

DIREITOS DAS CRIANÇAS

IRMÃOS

Como Gerir a Rivalidade entre Irmãos ?

Sempre que nasce um irmão é inevitável e natural que haja rivalidade entre ambos. Têm de partilhar a casa, muitas vezes o quarto, a televisão, os brinquedos e têm de partilhar acima de tudo a atenção e o amor dos pais. Mas o que fazer para que esta rivalidade não exceda os limites saudáveis, e não comece a prejudicar as crianças?

A rivalidade é saudável quando favorece a socialização, quando tende a respeitar os outros o que conduz à solidariedade e à cooperação. Fomenta também o conhecimento dos seus próprios limites e o controlo da agressividade. Logo, a rivalidade não tem de ser negativa nem contida, ela pode ser um meio de aquisição de competências sociais, uma vez que as crianças têm de mostrar as suas competências para resolver conflitos e divergências.

A intervenção dos pais para acabar com a rivalidade deve ser evitada, as crianças devem numa primeira instância tentar resolver os conflitos por elas próprias, procurarem qual a melhor solução através do diálogo mas, quando os pais são chamados a intervir deve ser no sentido da mediação, ou seja, procurar saber quais os pontos de vista de cada criança e as suas emoções, isto porque o simples ato das crianças serem ouvidas e compreendidas já acalma a situação.
 A rivalidade entre irmãos deve ser entendida como um sofrimento que a criança manifesta com o nascimento do irmão mais novo, devido à atenção dada ao novo elemento, “os meus pais já não gostam de mim”. . O ciúme entre os filhos não é mais que um pedido de atenção e carinho.
Estratégias para facilitar a relação entre irmãos:

• As crianças devem ser encorajadas a falar livremente sobre os seus sentimentos sejam eles o amor ou o ciúme, a alegria ou a tristeza.
• Estes sentimentos devem ser aceites pelos pais como naturais, dando à criança a noção de que está a ser compreendida e ajuda-a a entender a situação.
• Dar atenção a ambos os filhos, especialmente aquando do nascimento do mais novo, dar atenção ao mais velho, para que este não se sinta rejeitado e abandonado, uma vez que os cuidados e a atenção vão estar centrados no mais novo.
• Evitar a comparação e o favoritismo entre irmãos. Deve-se aceitar as diferenças entre os filhos e aceitá-los como distintos.
• Quando surge um conflito entre irmãos, não devemos  intervir, deixando-os procurar estratégias para a resolução do conflito.
• Se a rivalidade estiver a ser excessiva, deve-se intervir como mediadores, acalmando a situação.

 

Expressão dramática

Nas atividades de expressão dramática, a criança descobre-se a si mesma e descobre formas de se relacionar com os outros; o que implica aprender a lidar com situações sociais. O jogo simbólico é, assim, uma atividade muito importante.
O "fazer de conta" permite vivênciar experiências.
É igualmente importante que se disponibilizem objetos variados e possiveis de serem explorados livremente
As situações recriadas podem ser muito diferentes, tais como:
- uma viagem
- uma festa de aniversário
- um almoço especial
- uma ida às compras
- uma conversa telefónica
- ir ao médico
- ir ao cabeleireiro
Assim, o  educador deve apresentar sugestões que ampliem as propostas das crianças.Deve também aproveitar todas as ideias das crianças, levando por vezes à criação e construção  de objetos improvisados, podendo ao mesmo tempo  trabalhar a expressao plástica e dramática com as crianças, desenvolvendo assim, competências importantes em todo o seu  processo educativo ..
Algumas crianças realizaram  já dramatizações mais complexas de histórias que conhecem ou inventam e são também capazes de utilizar os fantoches.
Estas atividades são igualmente importantes no desenvolvimento da linguagem oral, na aquisição de vocabulário, na melhoria da articulação das palavras e na construção de frases.
Em casa, ou no Jardim de Infância, aproveite as mais variadas situações para desenvolver este dominio - a expressão dramática.

O afeto na infância

O Afeto
Devido a um processo que dá pelo nome de “amnésia infantil” e que ocorre até por volta dos três anos, grande parte das pessoas têm poucas ou nenhumas memórias até esta idade. Isto acontece porque até ao final do terceiro ano as crianças não desenvolvem memórias a longo prazo.
A maior parte das vezes, as “memórias” que chegam até à idade adulta são inconscientes e ligam-se às sensações de prazer e desprazer vividas. Quando um bebé ao colo, vê a mãe e o pai rirem-se para ele e sente esse afecto, ele sente-se absolutamente feliz. Absolutamente feliz mas sem fazer a mínima ideia, que nada mais na sua vida terá um impacto tão grande como esse momento; nenhum outro momento o acompanhará de um modo tão presente por toda a sua vida.
O modo como nos sentimos amados desde esse início, definirá quem somos, o quanto gostamos de nós e o quanto somos capazes de gostar dos outros. Por este motivo, tudo aquilo que uma criança precisa, é em primeiro lugar de se sentir amada e em segundo lugar de sentir que alguém impõe limites à sua vontade e a faz sentir-se segura – quem permite a uma criança fazer tudo, desiste; e desistir de uma criança não é amá-la.
Para além disto, “as crianças só precisam mesmo que lhes asseguremos que as coisas boas predominam sobre as más, e que serão felizes para sempre…” (Nuno Colaço).

Relação escola/família

   A Relação Escola/Família: Algo que ainda nos preocupa
O que podemos fazer para melhorar / incentivar esta ralação?
-Promover um dia aberto aos pais para comunicar a Visão e Missão da Escola
-Divulgar o plano anual de atividades e os futuros projetos a desenvolver na Escola
-Envolver os pais e a comunidade na elaboração das politicas da Escola
-Criar alguns programas diversificados de envolvimento dos pais na Escola
Para concluir:
Na verdade, não se pode estabelecer uma relação com aquilo que se  desconhece  e para que  a  Familia participe é necessário “estimulá-la ,criar-lhe hábitos de participação, formais e informais, para que ao longo do ano esta relação se vá desenvolvendo, com harmonia, com vontade de participar e não com a “obrigação” de participar.
A Escola / Familia têm funções diferentes, mas cooperativas e só é possível a realização plena da criança na nossa sociedade existindo um trabalho conjunto destas duas vertentes

Sou educadora de infância

Como fazer massa de modelar

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Atividades no JI de Paço

Na escola EB1/JI de Paço, em Sobrado, as crianças do Jardim de Infância fazem muitas atividades. Eis, aqui, as fotos de alguns momentos já vivenciados ao longo deste ano letivo:


sábado, 21 de janeiro de 2012

Para os Pais que tem os filhos no Jardim de Infância

1. “Proibido insultar o jardim-de-infância chamando-lhe “escolinha”. Em primeiro lugar, porque é uma escola. Em segundo, porque todas as escolas ganhavam se ligassem Brincar com aprender.

2. É proibido que os pais imaginem que o jardim-de-infância serve para aprender a ler e contar. Ele é útil para aprender a descobrir os sentimentos. Para aprender a imaginar e a fantasiar. Para aprender com o corpo, com a música e com a pintura. E para brincar. Uma criança que não brinque deve preocupar mais os pais do que se ela fizer uma ou outra birra, pela manhã ao chegar.

3. O jardim-de-infância assusta as crianças sempre que os pais – como quem sossega nelas os medos deles por mais um dia de jardim-de-infância – lhes repetem: ” Hoje vai correr tudo bem!



4. Os pais estão proibidos de despedir-se muitas vezes das crianças, ao chegarem todos os dias. E é bom que se decidam: ou ficam contentes por elas correrem para os amigos ou ficam contentes por elas se agarrarem ao pescoço deles, com se estivessem prestes a ser abandonadas para sempre.

5. É proibido que as crianças vão dia-sim dia-não ao jardim-de-infância. E que vão, simplesmente, quando os seus caprichos infantis vão de férias. E que não vão ” só porque sim”. O jardim-de-infância não é um trabalho para os mais pequenos. É uma bela oportunidade para os pais não se esquecerem que se pode amar o conhecimento, namorar com a vida, nunca ser feliz sozinho e brincar, ao mesmo tempo.

6. No jardim-de-infância não é obrigatório comer até à última colher; nem dormir todos os dias. E não é nada mau que uma criança se baralhe e chame pai/mãe ao educador/a (ou vice-versa).

7. Os pais estão obrigados a estar a horas quando se trata duma criança regressar a casa. Prometer e faltar devia dar direito a que os pais fossem sujeitos classificados como tendo necessidades educativas especiais.

8. Os pais não podem exigir aos filhos relatórios de cada dia de jardim-de-infância. Mas estão autorizados a ficar preocupados se as crianças forem ficando mais resmungonas, mais tristonhas ou, até, mais aflitas, sempre que regressam de lá. E estão, ainda, autorizados a proibir que o jardim-de-infância só se abra para eles durante as festas.

9. O jardim-de-infância é uma escola de pais. E um lugar onde os educadores são educados pelas crianças. Um lugar onde todos se educam uns aos outros não é uma escola como as outras. É um jardim-de-infância.

10. Um dia, num mundo mais amigo das crianças, todas as escolas serão jardins-de-infância!” 
Por Eduardo Sá (Psicólogo)

Atividades para o Pré-escolar

Brincando com papel

Manual Blogue

EDUCAR

Segundo Walsh (1994), educar "é uma arte e são muitas as competências que convergem nesta arte, tal como são as competências que convergem no artista, as decisões imperiosas sobre quando e como combinar essas competências. Os conhecimentos necessários para o fazer não são apenas uma competência técnica. Podem ser, sem dúvida, adquiridos, mas são também algo que provém das crenças mais profundas de cada um de nós e da nossa paixão pelas crianças e pelo mundo".
O tempo para a criança brincar, para jogar, escolher, para explorar a criatividade através das expressões (plástica, dramática, musical, dança…); pois, o brincar é uma actividade diária, permanente, é o aparelho digestivo do pensamento (Eduardo Sá, 2006) ou seja, quanto mais as crianças brincam, mais aprendem, mais se libertam.
A criança pensa através do brincar, pensa em fadas e acredita nas fadas (Fernando Pessoa).
Segundo João dos Santos, a educação deve estimular todas as capacidades potenciais existentes na criança, desenvolvendo competências que lhe permitam a escolha da actividade que mais lhe convenha. O homem deveria ser educado para se tornar o que é ou seja, cada indivíduo nasce com certas potencialidades; por outro lado, ele deveria de ser educado para se tornar o que não é pois quaisquer que sejam as idiossincrasias exibidas pelo indivíduo desde o nascimento, é dever do professor erradicá-las, a menos que estejam em conformidade com um certo ideal de carácter determinado pelas tradições da sociedade (Read Herbert, 2003,p:2).
A manipulação e experiência com os materiais, "com as formas e com as cores permitem que a partir de descobertas sensoriais, as crianças desenvolvam formas pessoais de expressar o seu mundo interior e de representar a realidade.
A exploração livre dos meios de expressão gráfica e plástica não só contribui para despertar a imaginação e a criatividade das crianças como lhes possibilita o desenvolvimento da destreza manual e a descoberta progressiva de volumes e superfícies. A possibilidade de a criança se exprimir de forma pessoal e o prazer que manifesta nas múltiplas experiências que vai realizando, são mais importantes do que as apreciações feitas segundo moldes estereotipados ou de representação realista" (In Organização Curricular e Programas 1º. Ciclo 24º. Edição, Ministério da Educação Departamento da Educação Básica).

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

POEMA AOS HOMENS CONSTIPADOS

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
António Lobo Antunes - (Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)

domingo, 15 de janeiro de 2012

O sorriso

"O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores."
(Mario Quintana)

"É necessário muito pouco para provocar um sorriso e basta um sorriso para tudo se tornar possível." (Gilbert Cesbron)
"É ilógico esperar sorrisos dos outros se nós mesmos não sorrimos."
(Dalai Lama)

"O sorriso é um calmante sem efeitos secundários"